A vez do Alto José do Pinho

Foto: Michel Filipe

As duas equipes de caravaneiros saíram da sede do Cremepe nessa quarta-feira (06.06), pela manhã, para mais uma jornada nas comunidades do Recife. Desta vez os bairros visitados foram o Alto José do Pinho e San Martin.

Os componentes da caravana que seguiram para o Alto José do Pinho foram recebidos com chuva na localidade e, assim que chegaram, se dividiram para iniciar o trabalho.

A equipe de fiscalização, formada pelos médicos José Tenório, Sylvio Vasconcellos e Carla Cristine, encontraram na Unidade de Saúde da Família Irmã Denize – Distrito Sanitário III, a sala de espera para atendimento cheia.

Íris Simone de Lima somava ao número de pacientes em espera. Moradora do Alto José do Pinho desde nascença, Íris sabe o que é precisar de um atendimento e não ter. Aos 30 anos e já mãe de cinco filhos, a manicure chegou à unidade com exames para serem analisados pelo médico, mas desistiu de esperar por causa da demora no atendimento. “A dificuldade para marcar consulta é grande. Quando consigo, é depois de dois ou três meses tentando e agora o atendimento é demorado”, se queixou.

A unidade possui três equipes que se dividem entre três médicos, três enfermeiros e vinte e dois agentes de saúde voltados para o atendimento de quase 20 mil moradores. Em função deste alto número de atendimentos a prefeitura decidiu readequar o número de pacientes por equipe. Isto representou na exclusão de uma parcela de moradores no acompanhamento, através de consultas, a partir desta unidade.

Segundo Carla Cristine, que ouviu alguns usuários, é grande a insatisfação em boa parte da comunidade. “O serviço foi descentralizado e muitos moradores precisam buscar atendimento nas unidades mais próximas, no entanto o problema se torna maior para àqueles que não tem condições físicas de se deslocar e precisam de atendimento domiciliar”, colocou Carla.

Outra queixa uníssona é a saída da farmácia básica daquela unidade. “Hoje os pacientes precisam se deslocar para a farmácia localizada no Albert Sabin porque na unidade do distrito sanitário III não há dispensação de medicamentos. Isto reflete a falta de integralidade na assistência”, afirmou a fiscal da caravana.

A equipe de pesquisa nas ruas preencheu, com a opinião dos moradores, vários questionários que refletiam a realidade do Alto José do Pinho. Conhecido como um bairro que possui uma forte influência cultural, característica positiva reafirmada pelos moradores para a equipe, a comunidade vivencia problemas sérios na área de drogas e na falta de programas e ações contra a violência e o preconceito. Há reclamações ainda no abastecimento de água, que é feito de quatro em quatro dias.

O trabalho da caravana mais uma vez não só diagnosticou problemas e observou pontos positivos, mas também levou alegria, descontração e arte aos recantos do Alto José do Pinho.

A oficina de pintura e grafitagem se instalou na Escola Estadual Dona Maria Tereza Correa e, através da experiência de Galo e Léo, responsáveis pela trabalho, os alunos aprenderam um pouco mais sobre desenho e aquarela. Os resultados foram pinturas expressivas que refletiam a realidade vivida pelas crianças.

“Nosso objetivo com essas oficinas é permitir a livre expressão artística de cada comunidade e assim reunir essas obras em uma exposição ao final da caravana”, afirmou Ricardo Paiva, coordenador da iniciativa.

A programação segue este semana e na próxima sexta-feira (08.06) os caravaneiros estarão na Vila Santa Luzia e no Sítio das Palmeiras.

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Caravaneiros conhecem realidade de San Martin

Foto: Antonio Douglas

A realidade dos moradores da comunidade de San Martin não difere muito dos outros locais visitados até agora, nesta edição da Caravana Cremepe- Simepe.  Os caravaneiros constataram isso em visita realizada à comunidade, na manhã desta quarta-feira (06/06).  A violência causada pelo tráfico de drogas é a grande preocupação dos comunitários.

Em relação aos bons serviços oferecidos pelo poder público destacou-se o saneamento básico. Muitas queixas sobre a saúde e a falta de programas de combate à violência contra a mulher.  Alguns moradores também relataram que a praça localizada na rua principal do bairro, é ponto de prostituição e para o consumo de drogas, e que infelizmente não há um enfretamento efetivo a tais problemas. Entretanto, apesar dos pontos negativos apresentados, a maioria dos pesquisados pelos caravaneiros acreditam que muitas melhorias já foram feitas. “Muitas ruas foram calçadas”, elogiou a dona de casa, Rita Albuquerque.

A opinião dos moradores se diverge quando o assunto é sobre a Unidade de Saúde da Família (USF) Geraldo Barreto Campelo.   Em relação à educação pública, a população que reside no bairro, conceituou positivamente o serviço.

As atividades de pintura e grafitagem foram realizadas numa escola de reforço para crianças com idades entre 4 a 7 anos.  Este ano, o projeto da Caravana traz a inclusão da arte como fatores que podem colaborar na qualidade de vida das pessoas e inserção na sociedade.

Ao final de cada visita são feitos relatórios com base nos dados coletados nas entrevistas de rua e da unidade de saúde. O resultado final do projeto será apresentado com a conclusão da Caravana.  Cerca de seis comunidades ainda faltam ser visitadas pela Caravana 2012.

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Caravana na Comunidade do Ibura

O quarto dia da caravana do Cremepe/Simepe foi dedicado às comunidades do Ibura e Jordão Baixo.

Os caravaneiros que seguiram para o bairro da UR 4 chegaram à comunidade por volta das 10h, e logo começaram a se organizar para cumprir a missão proposta.

A equipe dedicada às pesquisas partiu para as ruas, praças e casas abordando as pessoas que vivem naquela localidade com a intenção de identificar os problemas enfrentados diariamente, assim como de conhecer os serviços que tem atendido a população de forma satisfatória.

Um dos problemas mais destacados pela população foram as drogas. No questito melhor serviço oferecido, a resposta unânime foi a coleta de lixo que, segundo os moradores, é presente diariamente.

Uma das grandes insatisfações dos moradores é a demora na reforma da Unidade de Saúde da Família UR 4 e UR 5 – 1ª etapa. Há pouco mais de um ano a estrutura foi desocupada para o início das obras, mas até então nada foi feito. A Unidade foi transferida provisoriamente para um espaço menor onde a comunidade tem recebido atendimento.

Os caravaneiros responsáveis pela fiscalização e pesquisa junto aos usuários do Sistema de Saúde foram até o local e identificaram, na grande maioria, insatisfação. Entre as queixas estão a dificuldade para conseguir atendimento e deficiente estrutura física para acolhimento dos pacientes.

“Identificamos que a improvisação tem repercurtido na dinâmica do trabalho, gerando um desgaste na equipe e, consequentemente, no usuário”, afirmou o médico-fiscal Sylvio Vasconcellos.

O posto conta com três equipes, uma delas com o déficit de um médico. São realizados cerca de 1.200 atendimentos por mês na unidade.

Enquanto dados eram levantados pela equipe de pesquisa e fiscalização, Boni, Léo e Manoel, responsáveis pela oficina de pintura e grafitagem, trocavam experiências com as crianças através das cores e rabiscos.

A oficina aconteceu próximo ao posto provisório de saúde, no Centro Educacional ABC. As crianças puderam expressar sentimentos e anseios através das tintas. Beatriz vitória foi uma delas. Menina alegre, de apenas 6 anos, mas que já argumentava como gente grande. Quando perguntada sobre o que estava pintando, respondeu: “Desenhei uma casa, pessoas e árvores queimadas. Quis mostrar um pouco sobre cidadania e meio ambiente. É muito importante as pessoas cuidarem das plantas e de tudo o que existe onde elas vivem.”, afirmou em tom articulado e cheio de propriedade.

Ao meio dia as atividades foram encerradas e a equipe se foi, carregando as impressões deixadas pelos moradores do Ibura (UR 4).

A caravana segue pelas comunidades do Recife até o dia 15 de junho.

Confira a sequência da programação de visitas:

06/06 – San Martin e Alto José do Pinho

08/06 – Vila Santa Luzia (Torre) e Sítio das Palmeiras

13/06 – Alto do Capitão e Mustardinha

15/05 – Bola na Rede e Guabiraba

Comunidade Jordão Baixo recebe Caravana

Um dos destinos da Caravana Cremepe/ Simepe 2012, nesta sexta-feira (01/06), foi a comunidade de Jordão Baixão.  Os moradores foram bastante receptivos com o grupo de caravaneiros.

A diretora do Simepe, Rafaela Pacheco, e o conselheiro do Cremepe, Ricardo Paiva, conversaram com os trabalhadores e pacientes da Unidade de Saúde da Família (USF) da  comunidade para entenderem a relação do posto com os comunitários.

No geral, a grande dificuldade dos moradores de Jordão Baixo é a falta de projetos específicos de combate ao tráfico e consumo de drogas, inclusive, com o envolvimento de menores.  Mesmo diante dessa realidade, há pessoas interessadas em ajudar a transformar esse cenário. É o caso de Damião, morador da comunidade, que criou uma escolinha de futebol para as crianças. Iniciativa aprovada por todos os comunitários.

Um momento de descontração do dia foi com o inicio das atividades na oficina de pintura e grafitagem montada numa quadra de esportes. Foi possível observar a carência de projetos que incentivem a arte e cultura. A criançada ficou entusiasmada com a ação e expuseram no papel toda a inocência da infância, numa manhã que certamente ficará em suas memórias, pela alegria vivenciada. A criançada se despediu dos caravaneiros com a pergunta, “quando vocês vão voltar?”.

A equipe de visita à comunidade de Jordão Baixo foi composta por profissionais de saúde, artistas e funcionários das entidades médicas, são eles: Rafaela Pacheco, Ricardo, Paiva, Poliana Neivas, Shirlenne Mafra, Poliana Santos, Pedro Jesus, Antônio Douglas, Natália Gadelha, Nathalia Siqueira, Fabíola, Galo e Caju.

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Caravana chega a Campo Grande

A comunidade de Campo Grande recebeu os caravaneiros na manhã da quinta-feira (30.05). A diretora do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Rafaela Pacheco, acompanhou as atividades desenvolvidas pelo grupo.

O ponto de partida dos caravaneiros foi o posto de saúde José Severiano (distrito sanitário II), onde o diretor do Simepe, José Tenório, realizou fiscalizações sobre as condições da saúde da comunidade, através da conversa com médicos e agentes de saúde. A opinião dos usuários também foi levada em consideração. O médico-fiscal do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Otávio Valença, e o também médico Rodrigo de Oliveira focaram a fiscalização na visão dos pacientes.

A população ainda foi ouvida através dos questionários aplicados pelos caravaneiros sobre assuntos como educação, violência contra a mulher, homofobia, condições de moradia, entre outros. Em linhas gerais, a saúde foi considerada o ponto mais crítico em Campo Grande. Já a coleta de lixo foi destacada como um aspecto positivo.

Do posto de saúde, uma parte dos caravaneiros se dirigiu à Creche Lar das Crianças, sediada no Cenáculo Espírita Casa de Maria (Cecam), sendo acompanhados por alguns estudantes do terceiro período da UPE e agentes de saúde. Todos participaram da oficina de pintura realizada na creche com os artistas Léo e Caju. O principal público, entretanto, foram as crianças entre dois e cinco anos.

As crianças se deixaram envolver pelos lápis e tintas, demandando carinho e atenção dos caravaneiros. Elas também se encantaram com as lentes da fotógrafa Mila Petrillo, desejavam ver-se nas imagens capturadas.

A pintura também serviu como forma de dar vazão aos desejos de uma Campo Grande melhor. A agente de saúde Kátia de Cássia desenhou a árvore da vida, cujos frutos eram o trabalho, lazer, respeito, moradia, escola, família, amor, alegria, enfim, “tudo o que os adolescentes daqui precisam”, revelou a agente.

Nesta sexta-feira (01.06), a Caravana Cremepe/Simepe continua sua jornada visitando mais duas comunidades: Jordão Baixo e Ibura (UR 4).

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Caravana: adolescentes soltam a criatividade nos Coelhos

O relógio marcou 09h50. Quarta-feira, 30 de maio. Os caravaneiros do Cremepe/Simepe, mais uma vez ganharam às ruas, num dia de sol quente e abafado no Recife. Desta vez, o Grupo A foi para o bairro dos Coelhos. Trânsito complicado pelas ruas da Boa Vista. Neste local encontra-se os prédios do  Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) e  do  Hospital Pedro II.

A equipe chegou tranquila e foi para a sede da Organização de Auxílio Fraterno (OAF)  instituição referência que funciona naquela comunidade há 52 anos. Para quem não sabe, a OAF trabalha com a inclusão de jovens carentes, beneficiando cerca de 280 pessoas, entre crianças e adolescentes, contribuindo na formação artística, educacional e cultural dos mesmos, diminuindo os riscos de vulnerabilidade social à marginalidade, às drogas e aos riscos, em geral.

De imediato, os caravaneiros dividiram-se para realizar suas atividades na organização não governamental, com uma oficina de grafitagem, fiscalização na Unidade de Saúde da Família Coelhos II e, através de pesquisa ouvir às queixas da comunidade. Na ONG, adolescentes participavam de uma aula prática de dança. O clima de alegria espalhado no ar. Na parede um cartaz e a frase: “ E  antes de você nascer, Deus sonhou com você”. Bons ventos sopravam naquela área.

Na sala localizada no canto da instituição, a professora  Socorro Veloso, 52 anos, trabalhava com garotas adolescentes de 13 a 16 anos, no Projeto “Fábrica de Ideias” oferecendo uma perspectiva social e econômica às participantes do curso. A ideia principal é transformar a vida das pessoas. Junto existe uma lojinha que, naquele momento, estava sendo cuidada pela estudante Rayanne Costa, 14 anos, da 7ª série da Escola Municipal João Alfredo. Ela não conseguia esconder sua felicidade em preencher o tempo, para confecção de artesanato nos setores de tapeçaria, reaproveitamento de embalagens PET, na confecção de flores com a folha de bananeira, entre outras áreas. “É gratificante fazer esse trabalho que  ajuda a mexer com a nossa imaginação. Me sinto ocupada e fascinada ”, assegurou. Desde a criação do projeto, em 2006, mais de 100 pessoas receberam qualificação profissional. Além do Recife, o Projeto também já foi realizado no Interior do Estado, no município de Aliança.

Do outro lado, os grafiteiros Gallo e Bonny se reuniram com os adolescentes e explicaram como seriam os trabalhos de desenho e pintura no papel canson. Mãos aos lápis e pincéis. A felicidade corria sem parar. Depois de alguns minutos, Mileyd Geralda, 13 anos e Helenita Oliveira, 15 anos, se empolgaram e com muita criatividade e atenção fizeram dois desenhos, cheios de cores vivas e expressivas. “Foi uma grata surpresa. A turma participou, usou cada um seu talento e fez coisas bem legais. Todos estão de parabéns! Vamos guardar os trabalhos e depois apresentar em exposição”, ressaltou Gallo.  Mais um dever cumprido, consciência tranquila.

Na opinião do presidente do Simepe, Mário Jorge, a fiscalização encontrou alguns problemas pontuais e específicos na Unidade de Saúde dos Coelhos. “Há carência de recursos humanos e de  estrutura física, uma vez que se encontra numa casa cedida pela igreja católica. A equipe de saúde da família é responsável por 1.500 famílias da comunidade. A qualidade na assistência de saúde básica fica a desejar”, comentou. Nas entrevistas de ruas, os velhos problemas de saneamento básico, saúde, educação, limpeza, moradia e violência urbana fazem parte de uma luta incansável de todos.

A Caravana continua nas comunidades recifenses, na poeira das ruas que sonhamos. Na sexta (01/06) mais duas comunidades serão visitadas: Jordão Baixo e Ibura (UR-4).

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Caravana marca presença em Santo Amaro

Foto: Chico Carlos

Sexta-feira, 25 de maio. Chuva fina e incessante no Recife. Os caravaneiros do Cremepe/Simepe colocaram o pé na estrada e seguiram para mais uma comunidade. Desta vez, o grupo C  foi para o bairro de Santa Amaro,  especificamente para a Ilha de Santa Terezinha, Avenida Agamenon Magalhães, próxima do Shopping Tacaruna. Os caravaneiros chegaram à comunidade por volta das 10h, ainda sob chuva, dirigindo-se de imediato para a sede da Associação dos Moradores, fundada desde 1988. Lá definiram as atividades que fazem parte do projeto nesse ano.

Um grupo visitou a Unidade de Saúda da Família (USF) da Prefeitura do Recife localizada à rua Artemis. A médica fiscal do Cremepe,Poliana Neves  e os diretores do Simepe, Carlos Eduardo (Cacá), e Walber Stéfano realizaram fiscalizações, ouvindo os profissionais de saúde e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Muitas reclamações foram anotadas sobre os problemas que prejudicam todos. Também foram aplicados questionários para a população, através de Andréa, Girlene, Shirlene, Marcílio e  Patrícia, com a finalidade ouvir  suas preocupações sobre  educação, moradia, saneamento básico, saúde, entre outros assuntos.

Criatividade e imaginação

Na Associação de Moradores, fundada desde 1988, os grafiteiros Gallo e Bonny realizaram uma oficina de arte. As crianças chegaram com tranquilidade e aos poucos foram participando daquele momento singular. Papéis canson, lápis, pincéis e tintas pigmento estimularam à imaginação e criatividade. Chamou a atenção o aluno da Escola Sede da Sabedoria, Paulo Silva que, aos seis anos demonstrou interesse pela arte de desenhar e conseguiu  fazer uma  bicicleta perto da casa de seus sonhos. “Estou bastante feliz, porque coloquei uma cor bonita no meu desenho.”, afirmou sorrindo. Às 10h40, o sol reapareceu. O panorama mudou, com muita luz e cores entre as casas e becos daquela comunidade que superou problemas ao longo de anos..

Na avaliação do diretor do Simepe Walber Stéfano, a Caravana cumpriu de forma positiva mais um de seus objetivos na Ilha de Santa Terezinha,uma vez que fiscalizou a unidade de saúde e, ao mesmo tempo,conversou com os moradores sobre os prós e contras que atingem diretamente homens, mulheres e crianças. A Caravana segue em frente.

Na próxima quarta (30/05) , a Caravana Cremepe/Simepe tem sequencia, com mais duas comunidades a serem visitadas: Coelhos e Campo Grande

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Comunidade do Coque recebe caravaneiros

Foto: Michel Filipe

O segundo dia da Caravana do Cremepe e Simepe foi dedicado às comunidades do Coque e Santo Amaro.

Boa parte da manhã desta sexta-feira (25.05) foi de chuva e os caravaneiros que seguiram para a comunidade do Coque se concentraram na Unidade de Saúde da Família Profº Berilo Pernambucano.

A equipe se empenhou na troca de experiências com as pessoas que aguardavam atendimento na unidade e se dedicou à escuta de opiniões a respeito do acesso à qualidade no atendimento prestado. ” A comunidade, representada pelos que ali estavam, demonstrou uma grande necessidade em ser ouvida. Foi possível colher informações importantes através da aplicação de pesquisa com os usuários”, pontuou Otávio Valença, médico-fiscal do Cremepe.

Com um foco diferenciado das edições anteriores, a caravana tem buscado diagnosticar as especificidades de cada comunidade, não só do ponto de vista do atendimento e acesso à saúde, mas também tratando de questões que permeiam a realidade daquelas localidades.

O preconceito foi um dos temas tratados. O filme “Casa dos  Estranhos”, que retrata com clareza o assunto, foi projetado na sala de espera da unidade e logo em seguida as pessoas foram abordadas para conversar sobre suas impressões a respeito do tema.

Uma outra parte da equipe se dedicava a conversar com os moradores sobre as questões sociais que enfrentam diariamente. Através de pesquisa, foram colhidas informações a respeito da violência,  qualidade do transporte e educação pública oferecida, entre outros pontos.

Enquanto esses diagnósticos eram levantados, a oficina de grafitagem acontecia no corredor de entrada da unidade. Crianças e também adultos se aproximaram curiosos e aos poucos a timidez cedeu lugar à arte. Não demorou muito para que as cores começassem a tomar forma e no final da manhã um belo acervo retratava sentimentos e aspirações.

Williams Miguel, 12 anos, foi um dos que se destacaram pela personalidade de sua pintura. Ele a intitulou de: “Tá ligado. Coque, arte da rua”. “Eu sempre pinto na escola, mas nunca tive aula assim, com um professor de pintura. É massa”, disse Williams animado.

A diretora do Simepe, Rafaela Pacheco, tem se impressionado com os resultados artísticos dessas visitas. “O produto artístistico que está sendo construído nesta caravana está sendo bem interessante. A ideia é que a gente mostre isso para a maior quantidade de pessoas possível, inclusive convidando estes artistas anônimos das comunidades participantes para estarem conosco divulgando este material”, afirmou Rafaela.

A programação da Caravana das Comunidades recomeça na próxima semana nos bairros dos Coelhos e Campo Grande, no dia 30 de maio.

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Caravana 2012: começa em Bomba do Hemetério e Brasília Teimosa

O projeto está com um novo foco, que tem por objetivo fiscalizar as unidades de saúde urbanas e conversar com os moradores dessas comunidades do Recife.

No bairro da Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife,  enquanto um grupo colhia informações dentro da unidade de saúde, outro grupo seguia para conversar com os moradores e identificar o maior problema social da comunidade, tendo como resposta unânime: DROGAS.  Segundo os comunitários, boas iniciativas têm ajudado a combater o tráfico e consumo de drogas, como por exemplo, o projeto social Bombando Cidadania. O programa promove atividades integradas destinadas a Cultura, Educação, Meio Ambiente e Saúde, e Geração de Renda para transformar a realidade da Bomba, levando mais cidadania aos seus moradores.

Neste ano, o filme exibido para debater com os comunitários foi a “Casa dos Estranhos”, que aborda os problemas causados pelo preconceito  com as diferenças sociais e físicas. Outro momento importante de interação foi a oficina de grafite, onde se discutiu arte como forma de inclusão e foram desenvolvidas atividades de pintura.

Na próxima sexta-feira (25/05) serão visitadas mais duas comunidades: Santo Amaro e Coque

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